Dando continuidade aos estilos de dança, hoje me dedicoà dança do ventre, suas origens e seus estilos.
A origem da dança do ventre é bastante questionável, algumas teorias dizem que nasceu na Índia e que foi difundida pelos ciganos que a divulgaram no ocidente, porém também é comum atribuir a origem aos rituais de fertilidade do Egito, mesmo que a egiptologia afirme que não existem registros desta modalidade de dança nos papiros.
Lamentavelmente não há documentos suficientes que comprovem a dança até o século XX e a documentação existente, uma vez que a dança é subjetiva aos olhos daqueles que assistem, é de difícil interpretação. No entanto, existe uma estatueta do século II d.C. que retrata uma dançarina em pose típica de Raqs Sharqui (dança oriental), tocando instrumentos antecessores aos snujs, que é o instrumento hoje tocado pelas dançarinas de dança do ventre.
Via: wikidanca.net |
Embora sua origem seja bastante controversa, é possível afirmar que ela é uma dança oriental e que foi bastante difundida tanto nos países do oriente como do ocidente. Devido a essa difusão, a dança do ventre possui diversos estilos, dos quais transcrevo abaixo as características postadas no site Dança do Ventre:
Véu de Leque: De origem desconhecida, o véu de leque é fabricado com seda e designa uma mistura com dança tradicional oriental, mais precisamente japonesa ou coreana. Usada para dar ênfase aos movimentos, esse artifício foi descoberto, aproximadamente em 2003, por dançarinos influenciados por grupos chineses que se apresentavam frequentemente nos Estados Unidos. Conhecido por ser uma fusão bastante exótica, o véu de leque permitiu a criação de algo inovador que incrementa as performances.
Dança da Espada: Variedade bastante conhecida, exige equilíbrio e força pois é utilizada na cabeça, mão, cintura, busto, abdômen e perna. A espada da dança do ventre é diferente de uma normal por ser fabricada especialmente para as seguintes finalidades: equilíbrio do corpo. realizando oitos, ou seja, desenhos feitos pelo movimentos dos quadris, os redondos, ondulações, shimmies, movimentos no ar e no chão. Há relatos de que em tempos de guerra entre gregos e turcos, os otomanos levavam as odaliscas para os campos de batalhe e, enquanto elas dançavam para os homens do exército inimigo, estes seduzidos pelas dançarinas, ficavam desarmados e despreparados para ataques surpresa.
Dança com Snujs: Presentes em rituais no Egito de louvor a Bastet, deusa gata protetora de dançarinas, os snujs são componentes, fabricados com metal, presos por um elástico e um par em cada mão: um no dedo médio e o outro ao dedão. Também chamados de címbalos, devem ser usados com muito cuidado para não prender a circulação e acabarem caindo. Na dança, eles são utilizados para dar dinamismo tanto pelos músicos quanto pelas bailarinas, que devem ser hábeis para conciliar a coreografia ao instrumento de percussão. Eles podem acompanhar a música toda e com mais frequência, as partes mais aceleradas. Variedades do instrumento são encontradas à venda, mas deve-se tomar cuidado com seu armazenamento, guardando-os secos e envoltos em tecidos para que não percam sua aparência e características sonoras como a reverberação.
Dança com Véu: Um dos aliados dos snujs, o véu é um acessório requisitado pelas bailarinas com o objetivo de ocultar partes do corpo, cumprindo o papel fundamental de transmitir mistério, encantamento e sedução aos movimentos. Americanas e europeias foram responsáveis por disseminar o uso do véu por outros países, principalmente no Brasil. Fabricados com tecidos leves como seda, os véus produzem um efeito fantástico pela demora ao cair no chão. ondulando e desenhando no ar.
Dança dos Sete Véus: Apesar de possuir, por muitas vezes e erroneamente, um caráter erótico, os sete véus rementem ás lendas como uma dança praticada pelas sacerdotisas egípcias nos templos de Ísis, ao episódio que Salomé pede a cabeça de João Batista e também a reverência à deusa babilônica do amor e fertilidade Ishtar ou Astarte. São utilizados da seguinte maneira: cade véu é retirado naturalmente e com suavidade, junto aos movimentos ondulatórios, de cabeça e mãos, sendo que cada um possui uma representatividade como associação a pontos energéticos do corpo e do abandono dos valores materiais e consequentemente uma evolução espiritual. Os giros, descidas, cambrees, curvatura do tronco para trás e deslocamento são bem-vindos. Suas cores variam de vermelho a branco e seus tamanhos mudam de acordo com a preferência e movimentos que se deseja executar. Utiliza-se músicas instrumentais para essa apresentação, bem como o tempo aproximado de 1 minuto para a retirada de cada véu, em uma música de 7 minutos.
Foram citados apenas cinco dos estilos da dança do ventre, mas existem muitos outros e você só precisa escolher aquele que mais lhe agrada. Melissa Mello é dançarina de dança do ventre há apenas oito meses, contudo ela conta como a dança a transformou: "A dança do ventre é transformadora! Sou outra mulher, me valorizo como tal, aprendi a conhecer o meu valor, meu corpo e a capacidade que tenho de criar movimentos. Fazer a dança do ventre para mim é vender a mim mesma, meus medos, minhas inseguranças, minha vergonha. Minha autoestima se fortalece casa vez mais e percebo que sou capaz de tudo. É fantástico. Quando me apresentei pela primeira vez me senti uma vencedora. Dança do ventre faz bem para o corpo e principalmente para a alma." Com um depoimento tão incrível não há como não se inspirar e começar a dançar agora mesmo!
Se inspire ainda mais com a dançarina Cyda Santos e sua apresentação da dança dos sete véus:
Fontes:
Khanel Khalili, A Origem da Dança do Ventre. Disponível em: <http://www.khanelkhalili.com.br/dancadoventre2.htm>. Acesso em 04 de novembro de 2015.
Dança do Ventre, Tipos de Dança do Ventre. Disponível em: <http://danca-do-ventre.info/tipos-de-danca-do-ventre.html>. Acesso em 04 de novembro de 2015.
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